Em parceria com o Banco Santander, a Universidade Católica Dom Bosco-UCDB desenvolveu, neste ano, um projeto de intercâmbio na China. Ao todo, foram selecionados professores e alunos de 23 universidades, que receberam bolsa de estudo integral para o país asiático (voos de ida e volta de Shangai e Pequim, traslados, hospedagem em duas universidades da China, alimentação, custeio integral do curso, certificado e passeios culturais).
Os alunos da UCDB foram acompanhados pela professora Arlinda Dorsa, que destacou a importância da parceria com o banco. “O objetivo é incentivar a cooperação bilateral como também oportunizar debates sobre temas de interesse entre Brasil e China. O Santander tem esse projeto desde 2009, chamado de Programa de Bolsas Top China”, explicou.
Na visita deste ano, os alunos da Católica ficaram hospedados em Pequim, na Peking University, especificamente no Global Village. “Tivemos as três semanas de curso, além da possibilidade de conhecer as duas cidades mais famosas da China”, lembrou a professora.
A experiência na China
Para a professora, a experiência possibilitou o acesso a uma cultura milenar. “Todos nós percebemos que o mundo não é tão distante, que brasileiro e chinês têm muitas coisas em comum e algumas diferenças. A cultura do acolhimento, do conhecer o outro, do respeito às diferenças culturais, sociais e políticas fez com que todos nós nos sentíssemos um ser diferente: mais sensível, mais aberto às vicissitudes e diferenças com que nos deparamos ao longo das nossa vidas”, pontuou Arlinda.
Uma das principais dicas da professora para os alunos que queiram participar do projeto é dominar o idioma inglês. “Pelas minhas observações, vejo que a língua inglesa precisa ser o passaporte do candidato e do professor ao Top China. Outro aspecto que deve ser observado é a capacidade de interação, de facilidade de se relacionar e querer aprender sempre, pois a viagem é uma lição para a vida toda”, explicou.
A viagem, no entanto, causou um verdadeiro “choque cultural” no grupo. De acordo com a professora, esse choque foi importantíssimo para o aprendizado. “A interação entre todos fez com que cada situação fosse vista tanto sobre o olhar da cultura brasileira quanto da chinesa: isto foi um grande aprendizado a todos e, muitas vezes, uma grande diversão”, explicou.
A professora lembrou ainda que os alunos se sentiram como “cidadãos do mundo”. “Algumas lições ficaram: a amabilidade em nos receber, o respeito que os idosos recebem, o carinho e cuidado com as crianças, o respeito aos monumentos e parques públicos”, concluiu.