Uma prova com questões objetivas, de múltipla escolha, é muito mais fácil do que uma dissertativa, pois se você não sabe a resposta correta é possível “chutar”, certo? Nem tanto. A prova do Enem e outras avaliações e provas de vestibulares usam uma técnica que permite detectar quando o aluno acertou a questão por sorte e quando ele realmente sabia a resposta correta. Esta técnica é a Teoria de Resposta ao Item, ou TRI, que avalia o aluno não somente por meio de seus erros e acertos, mas as habilidades do estudante como um todo. Saiba mais!
O que é a Teoria de Resposta ao Item?
A Teoria de Resposta ao Item surgiu como uma alternativa à Teoria Clássica dos Testes (TCT). Enquanto a TCT dá uma nota de acordo com a pontuação geral do aluno na prova, a TRI tem como foco principal o item, ou seja, a questão, e não a prova como um todo. Com a TCT fica difícil de comparar diferentes estudantes que responderam a diferentes provas, pois cada um desses testes tinha um nível de dificuldade e cada aluno tinha um nível de conhecimento em relação ao que foi cobrado na prova.
Nas provas que seguem a TRI, diferentes habilidades de um aluno são medidas com conjuntos de itens e, dessa forma, é possível a comparação de diferentes provas (no caso, de diferentes anos do Enem) mas que avaliam o mesmo conjunto de habilidades. Por exemplo, o Enem tem conjuntos de itens que avaliam a habilidade do aluno em solucionar problemas por meio da matemática. Cada ano, o conjunto de itens que avalia essa habilidade muda, mas ainda assim é possível fazer comparações entre as provas e até entre os alunos que responderam a esses conjuntos de questões.
Como a TRI sabe que você está “chutando”?
Os itens de uma prova como a do Enem ou de qualquer outro vestibular que segue a Teoria de Resposta ao Item possuem uma classificação em “fácil”, “médio” ou “difícil”. Porém, essa classificação não está especificada para quem irá fazer a prova. Com isso, se um aluno acertou muitas questões difíceis e errou todas as fáceis dentro de um conjunto de itens que avaliavam uma habilidade em específico, é muito provável que os acertos tenham sido aleatórios – ou seja, “no chute”. Esse tipo de detecção altera a média da sua prova. Por isso, mesmo que você e seu amigo tenham acertado o mesmo número de questões do Enem, não significa que terão a mesma nota final.
Qual é o segredo para se dar bem no Enem com a TRI?
O segredo para ir bem no Enem, na verdade não é bem um segredo: é preciso muito estudo! Não existe fórmula mágica, apenas dedicação. Lembre-se, as notas do Enem também podem ser utilizadas para ingressar em diversas universidades de Mato Grosso do Sul, como a UCDB, sem a necessidade de prestar o vestibular. Então arregace as mangas e comece a estudar já para garantir um futuro de sucesso!