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Professor da UCDB desenvolve antibióticos inovadores

A pesquisa do professor da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Dr. Octávio Luiz Franco, aliou o conhecimento científico à sabedoria popular dos moradores do Centro-Oeste para o desenvolvimento de antibióticos inovadores.

“No bioma em que estamos inseridos, existem milhares de plantas para pesquisarmos. É um trabalho hercúleo encontrar aquela que seja adequada à pesquisa. Usamos, então, o conhecimento popular, buscando os compostos usados em chás e emplastros. A partir daí, nossa procura é maximizada”, explicou o professor.

Um exemplo dos resultados obtidos pela pesquisa do professor Octávio é a semente de Sucupira Branca, típica do Pantanal e do Cerrado. “Ela é usada para fazer chá para infecção de garganta. Pesquisamos o composto e achamos seu envolvimento”, apontou.

A pesquisa, segundo o professor, segue duas vertentes. A primeira é a bioprospecção na natureza de plantas e animais, com a possibilidade de controle de bactérias resistentes. A segunda vertente é entender como essas bactérias se tornaram resistentes. “Analisamos genomicamente e proteicamente como elas ficaram resistentes e o que ocorreu para elas se tornarem tão perigosas” explicou.


Antibióticos inovadores para mastite

As pesquisas podem resultar em medicamentos usados em animais e humanos. Uma delas é o tratamento da mastite, que ataca as tetas das vacas e reduz a produção de leite do animal.

A pesquisa tem a participação de alunos de todos os níveis, e o professor destaca a importância dos alunos de graduação. “Eles veem na prática o que aprendem conceitualmente nas aulas. É uma oportunidade ímpar para agregar maior informação”, diz Octávio. “A Católica está se fortalecendo como um polo de formação, e isso é essencial para o estado de Mato Grosso do Sul. A participação dos estudantes é essencial para formarmos os pesquisadores do amanhã”, completou.

O trabalho do professor Octávio já está dando frutos, com a autorização para a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), o primeiro de Mato Grosso do Sul. “Como pesquisador, nós plantamos para as novas gerações colherem. Pesquisa demanda tempo e investimento. É por isso que nós batalhamos aqui na Católica e em Campo Grande”, garantiu Octávio.

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