Hoje a dica vai para quem gosta de um romance de época e com muitos pontos de virada durante a leitura.
Após a morte de Quincas Borba, narrada no livro Memórias póstumas de Brás Cubas, a fortuna herdada por ele foi deixada para seu amigo Rubião, professor de Barbacena, cidade onde residia o filósofo. O dinheiro vem acompanhado do compromisso de cuidar do cachorro, também chamado Quincas Borba.
Com toda essa fortuna, Rubião decide ir embora para o Rio de Janeiro e conhece no caminho um simpático casal, Sofia e Cristiano Palha, que se dispõe a levar o moço a conhecer a corte e cuidá-lo para que não fosse alvo de aproveitadores, o que era muito comum em cidade grande, diziam eles.
Acaba nascendo uma paixão da parte de Rubião por Sofia, porém ele não era correspondido. Sofia, reparando que ele fazia tudo que ela pedia, começou a usar essa “cegueira” de amor do homem para conseguir controlar suas finanças, obviamente com todo consentimento do marido Cristiano.
A reviravolta começa quando Cristiano descobre todo o “plano” do casal e surta, com a decisão de deixar a cidade maravilhosa. A partir daí, coisas acontecem, pois a trama é envolvida em torno das relações sociais, ou seja, o humilde e generoso Rubião descobre o mundo de maldade quando se muda para a corte. A temática da traição está sempre presente nos exemplares de Machado de Assis, ou seja, uma sociedade na qual o jogo de aparências exerce uma ação poderosa e irresistível.
#Curiosidade: O nome do livro vem de um Filósofo chamado Quincas Borba, e sua aplicação para vida era – “Humanitas é o princípio da existência que se manifestaria em todo ser vivente, podendo também existir no cão. ” Afinal, a história de Rubião confirma essa filosofia, porque o casal não descansou até alimentar-se com toda fortuna do homem.
Interessante, não? Boa leitura.