Antes de diferenciarmos as três palavras citadas no título deste post, vamos entender primeiramente o que são os pronomes oblíquos átonos. De acordo com várias gramáticas, esses pronomes não são precedidos de preposição. Eles possuem acentuação tônica fraca. E quando o verbo não exigir preposição, usa-se o pronome oblíquo ‘o’ ou ‘a’; mas tem casos que usamos o pronome oblíquo pessoal ‘lhe’.
E o que isso tem a ver com o nosso post? Tudo! Pois, em uma oração, o pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo. Essa colocação pronominal recebe as seguintes classificações: próclise, ênclise e mesóclise. Papel e caneta em mãos, vamos às regras:
- Próclise: Ocorre quando o uso do pronome oblíquo átono vem antes do verbo.
Exemplos:
Não te quero aqui. (quando houver palavras negativas)
Embora o faça, sei que é errado. (quando houver conjunções subordinativas: embora, conforme, logo…)
Esta é a faculdade onde me formei. (quando houver pronome relativo: que, qual, onde…)
Isso me deixou muito abalada. (quando houver pronome demonstrativo: isto, isso, aquilo…).
Quem me chamou? (frases interrogativas)
- Ênclise: Já com a ênclise, ocorre o uso do pronome oblíquo átono depois do verbo.
Vale a dica: nunca inicie orações com pronomes oblíquos átonos.
Exemplos:
Diga-me o que pensas sobre o caso.
Quero convidar-te para o meu aniversário. (verbo no infinitivo).
Sigam-me, por favor. (verbo no imperativo afirmativo).
A menina desatenta argumentou fazendo-se de boba. (verbo no gerúndio).
- Mesóclise: Neste caso, o pronome oblíquo átono fica no meio do verbo e essa colocação nominal ocorre nos seguintes tempos verbais: futuro do presente e futuro do pretérito.
Exemplos:
Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.
Na verdade tratá-los-ei da melhor possível.