O vestibular de inverno já passou e agora começa a maratona de estudos para o Enem e os Vestibulares de Verão. Que tal ler um bom livro?
A dica de hoje é sobre a obra “Macunaíma”, do autor Mário de Andrade, sendo um dos primeiros romances modernistas brasileiros, no qual o autor representa o multiculturalismo brasileiro, em que se misturam os mais diversos traços de nossa formação cultural; há um caráter revolucionário relacionando os aspectos formais tanto quanto os temáticos, com a linguagem dotada de neologismos e da fala popular. Escrita sob a ótica cômica, o livro é atemporal e possui estrutura inovadora. É uma obra surrealista, onde se encontram aspectos ilógicos, fantasiosos e lendas. Adota como protagonista uma personagem fantasiosa e complexa.
Macunaíma nasceu em uma tribo localizada em meio à Amazônia, na qual viveu por toda sua infância. O rapaz tinha dois irmãos, Maanape e Jiguê, sendo que Macunaíma era o mais cheio de defeitos: mentiroso, traidor, preguiçoso e adorava falar palavrões.
Quando cresceu e se tornou jovem, acabou se apaixonando por uma índia chamada Ci, a mãe do Mato, seu único amor que lhe deu um filho, mas acabou morrendo prematuro. Desiludida, Ci decide morrer e, por meio de um cipó, ela sobe aos céus, sendo transformada em uma estrela, porém, antes de partir, deixou para Macunaíma um amuleto da sorte, uma pedra de muiraquitã.
O jovem acabou perdendo esse amuleto, mas descobre que ele foi levado por Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, que morava em São Paulo. Macunaíma e seus irmãos resolveram ir até à cidade recuperar essa pedra, mas sabiam que teriam que enfrentar o gigante, tal comedor de gente.
Ele chega a São Paulo e vivencia diversas aventuras tudo para recuperar a tal pedra. O índio consegue finalmente achar e matar o gigante recuperando a sua “preciosidade”.
Macunaíma e seus irmãos retornam à Aldeia, porém ao chegar, acabam não encontrando sua tribo. Os irmãos morrem no meio do caminho devido à vingança do herói, no qual enfrenta dias solitários até que um papagaio surge e escuta toda a sua história.
O índio resolve nadar em um lago para se refrescar e termina sendo seduzido pela mãe-d’água Iara, que o despedaça. Saindo das águas, ele consegue se colar, porém acaba não encontrando uma perna. Sem ter o que fazer na terra, sobe ao céu e vira a constelação da Ursa-Maior.
Boa leitura!